segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Psicologia do Adolescente!

O que acontece com o Adolescente?
                                                       Vamos fundamentar para entender?        
            No intuito de buscar o entendimento para o comportamento dos jovens, seus sentimentos, suas idéias... Pretendemos buscar informações no que tange o aspecto sócio-biológico, para tanto, recorreremos inicialmente a Psicologia.
Conceito de Psicologia
PSICO = ALMA ou MENTE
LOGIA = ESTUDO DE
Wilhelm Wundt (1832-1926) foi o criador do primeiro laboratório de psicologia experimental, em Leipzig, na Alemanha, em consequência disso Wundt é considerado o pai da Psicologia. Seus seguidores e ele estudavam as imagens, pensamentos e os sentidos. A partir desse momento foram surgindo outras teorias Psicológicas como: A Psicanálise de Sigmund Freud, o Behaviorismo de Watson e Skinner, a Fenomenologia e o Humanismo de Maslow e Rogers, as Psicogenéticas de Jean Piaget e Vygotsky, além de outras. A psicologia ganhou status de ciência a partir do momento que se libertou da Filosofia e Fisiologia e definiu seu objeto de estudo: o comportamento, a vida psíquica, a consciência.
A Psicologia é a ciência que estuda o homem e suas relações sociais, o comportamento e os processos mentais. Ela estuda o comportamento num todo: o desenvolvimento, o relacionamento entre as pessoas, a aprendizagem, a percepção, a inteligência, as doenças mentais e seu tratamento.
Em nosso cotidiano escutamos muitas vezes uma ou outra pessoa dizer que usou de Psicologia para resolver algum problema. Acontece que a Psicologia que está em nossos dia-a-dia é a Psicologia do senso comum, não é a Psicologia científica. A Psicologia científica distingue-se da do senso comum porque possui técnicas e instrumentos apropriados e cientificamente elaborados, que possibilitam diagnosticar os problemas; vários segmentos da sociedade como: hospitais, escolas, empresas, jurídico, clínicas, esporte, instituições, etc.
Freud elaborou a teoria do desenvolvimento da sexualidade infantil e se fundamentou em diversas localizações da energia sexual (libido) no corpo, chamada zonas erógenas.
Ele denominou fases do desenvolvimento psicossexuais: fase oral (vai do nascimento aos 2 anos), fase anal (vai dos 2 aos 4 anos), fase fálica (vai dos 4 aos 6 anos), fase de latência (vai dos 6 aos 12 anos) e a Adolescência (vai dos 12 aos 18 anos).
Falando de Adolescência...
            Ressurgem todos os impulsos sexuais da infância. Há transformações bioquímicas e glandulares. Surge a atração sexual, as atividades de grupo, o interesse profissional, a preocupação com o casamento e a preocupação em constituir uma família. Nessa fase ocorre a busca de identidade* em contraposição da difusão de papéis, o adolescente tenta responder pra si mesmo questões que conflitam seu interior: quem sou eu? O que eu sou?
            A Juventude vai dos 14 aos 24 anos e nesta fase o jovem pode desenvolver qualquer doença e/ou transtorno mental em função de conflitos que o indivíduo enfrenta.
*Identidade: É a descrição que fazemos de nós mesmos, o conceito que eu tenho de mim mesmo. Erik Erikson ao definir identidade cita uma passagem de uma carta que William James escreveu para a sua esposa. Erikson coloca que esta passagem foi a melhor definição para esse sentimento de identidade.
“O caráter de um homem é discernível na atitude mental ou moral em que, quando chegou o momento de revelar-se-lhe, ele se sentiu mais profunda e intensamente vivo. Em tais momentos, existe uma voz íntima que nos faa e diz: “Isto é o que realmente eu sou!”(Henry James, 1920 apud Erikson, p. 16, 1976).
Ansiedade
         O principal problema da nossa mente é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Ela é provocada por um aumento, esperado ou previsto da tensão ou desprazer, pode desenvolver-se em situação real ou imaginária, quando ameaça a alguma parte do corpo ou da psique é muito grande para ser ignorada, denominada ou descarregada.
Algumas situações que causam ansiedade:
v  Perda de algum objeto desejado, por exemplo, uma criança é privada de um dos pais, de um amigo íntimo, ou de um animal de estimação.
v  Perda do amor, por exemplo, a rejeição, o fracasso em reconquistar o amor ou a desaprovação de alguém que lhe importa.
v  Perda da identidade, por exemplo, perda de prestígio e/ou ser ridicularizado em público.
v  Perda da auto-estima, por exemplo, a aprovação do superego* por atos que resultam em culpa ou ódio em relação a si mesmo.
*Superego: Aparelho Psíquico – atua como censor e juiz das atividades do ego (ele é responsável por equilibrar as exigências do id -sempre está em busca do prazer- e as ordens do superego, é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa). O superego é o depósito dos códigos morais, dos modelos, dos padrões sociais. Origina-se com o complexo de Édipo, a partir da introjeção das proibições, dos limites e da autoridade. 

 Relações Interpessoais / Preconceito /Inclusão Social
         O nosso modo de ser interfere nas relações com outras pessoas. O egocentrismo atrapalha as relações sociais, pois quem gosta de viver com outra pessoa que só pensa nela, que não consegue perceber que existe outra pessoa ao seu lado?
            O corre-corre das grandes metrópoles atrapalha a convivência, em função dos indivíduos estarem voltados para seus próprios objetivos. Ninguém vive no mundo sozinho e necessitamos do outro para a sobrevivência.
            Um teórico chamado Richard Sennett em seu livro o Declínio do Homem Público, diz:
            “Multidões de pessoas estão agora preocupadas,mais do que nunca,apenas com as histórias de suas próprias vidas e com suas emoções particulares: essa preocupação tem demonstrado mais armadilha do que uma libertação”. (1988, p. 17)
            Não é tarefa fácil lidar com os conflitos que permeiam as relações interpessoais, porém eles estão aí e fazem parte de todas nossas relações. Eles existem, porque somos pessoas com diferenças individuais e essas diferenças podem levar a exclusão social, mas todos os seres humanos têm direitos iguais. Porém, percebemos que muitos indivíduos sofrem exclusão social e essa exclusão acontece em função do preconceito.
            O preconceito é um conceito antecipado; uma opinião formada sem reflexão. Como diz Lindngreen:
            “Já que um dos objetivos importantes da educação é a erradicação da ignorância, é preciso que esteja inevitavelmente ligada à eliminação do preconceito baseado na ignorância. Realmente, o preconceito expressa-se como um desejo de permanecer ignorante”. (1965, p. 291)
            Erving Goffman (1980) diz que o estigma é uma marca negativa, um atributo negativo, e a pessoa estigmatizada presta uma colaboração aos ditos normais, no sentido de fazê-los sentirem-se mais normais. Ele atribui três tipos de estigma, o primeiro está relacionado ás deformidades físicas, o segundo está relacionado ao comportamento do indivíduo e suas opções, como por exemplo: o homossexualismo, o alcoolismo, a doença mental e outros. O terceiro está ligado a inserções tribais, de raça, de nação, de classe social ou religião.
            Tentamos de alguma forma suavizar esses sentimentos de malo estar, causados pelo contato das pessoas estigmatizadas com as pessoas ditas normais, utilizando outros atributos, porém de forma mais amena.
            Como diz Amaral:
            “Ao dizermos (ou até mesmo pensarmos) frases do tipo: “é paralítico, mas tão inteligente”, ”é negro, mas tem alma de branco”, ”é homossexual, mas tão sensível”... estamos compensando aquela característica que consideramos espúria e, portanto, negando-a ao contrapô-la a um atributo desejável – o “mas” denuncia esse movimento”. (1988, p.20)
            Diante de toda essa dificuldade de aceitação social, a pessoa excluída acaba tendo dificuldades em dizer para a sociedade e para o grupo que freqüenta que passou por um problema, como exemplo uma pessoa que teve uma internação psiquiátrica. Ele próprio acaba negando seu problema, talvez isso ocorra em função do medo da exclusão. Os artifícios que são utilizados para explicar sua internação são do tipo: vou dizer que tive um problema físico, ou então para salvarem-se da exclusão e do preconceito que a sociedade imprime sobre eles, ou então pelo próprio fato de amenizar para eles mesmos seu sofrimento, negando sua doença.
Só teremos uma sociedade justa quando as diferenças servirem pra o favorecimento das relações interpessoais, não para o distanciamento. Cabe a cada um de nós entendermos que o fator da violência constitui um grave problema social e que os jovens e adolescentes necessitam de um olhar atento, requerem muito cuidado, carinho e acima de tudo respeito. É preciso mudar a “mentalidade: através da força/ violência/ tolerância zero consigo tudo que quero”. Basta! Vamos agora lutar pela não-violência, é chegado o momento de lutar pela PAZ e pela VIDA!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dia-a-dia Educação Especial 13 - Enfrentamento à violência nas escolas -...

Este vídeo discute as práticas mais comuns de violência que ocorrem nas escolas e como deve ser o procedimento em relação a essas práticas. A convidada, Ana Paula Pacheco Palmeiro, é técnica pedagógica da Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos, ligada à Diretoria de Políticas e Programas Educacionais (DPPE), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pátria que me Pariu - Gabriel, o pensador

Esta música, interpretada por Gabriel o pensador, relata alguns dos motivos que levam ao aumento da violência entre os adolescentes. Aborda temas, como: abandono familiar, drogas, a necessidade de sobrevivência, entre outros temas.


domingo, 13 de novembro de 2011

Ser jovem no Brasil é perigoso




- Especialistas apontam que o principal motivo de homens com idade entre 15 e 24 anos serem grandes vítimas de morte violenta é a desigualdade econômica e social. -


De acordo com pesquisas divulgadas em 2008, a proporção de mortes por homicídio e acidentes de transito é muito alta entre os jovens da América Latina. No Brasil, a porcentagem de mortes violentas entre a idade de 15 a 24 anos é 170% maior do que qualquer outra faixa etária. A probabilidade de um jovem ser vitima de homicídio é 30 vezes maior que a de um jovem europeu e 70 vezes maior que a de um morador da Inglaterra, Áustria ou do Japão.Segundo a pesquisa, o risco é maior para adolescentes e adultos jovens negros residentes de grandes centros urbanos.Dentre os problemas apontados pela pesquisa, a desigualdade social é vista como o principal motivo do elevado número de mortes. Apesar do analfabetismo ter sido quase erradicado no Brasil, mais de 7 milhões de jovens encontram-se fora da escola. Embora a educação brasileira tenha melhorado no últimos anos, isso não se traduz em maiores oportunidades de inserção dos jovens no mercado de trabalho ou de melhores condiçõe3s de vida. Esses fatores somados a ilusão do tráfico de drogas, como um fonte de renda melhor que a dos empregos formais, acaba muitas vezes funcionando como estimulo para a entrada dos jovens no mundo do crime.  

Fonte: Revista atualidades vestibular

domingo, 6 de novembro de 2011

Charge: Armas na escola

O gênero discursivo charge normalmente apresenta uma sátira ou crítica referente a algum acontecimento atual.A charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.



sábado, 5 de novembro de 2011

Quadrinho: Piri & Gueti

O gênero discursivo abaixo mostra não só a violência que a persoganem Gueti sofre no último quadrinho,mas mostra também o motivo que resulta tal violência: a falta de ética da personagem,em se envolver com garotos 'comprometidos',desvalorizando a si mesma e pondo em questão sua fidelidade às 'amigas' mencionadas.
Há também o uso do vocabulário coloquial,neologismos,gírias,intertextualidade com o gênero musical funk (aderido por um número expressivo de jovens e adolescentes); o que mostra que um simples quadrinho pode trazer muita informação,cultura e,é claro,boas lições em diversas áreas da vida.

domingo, 23 de outubro de 2011

Palestra 21/10/11 - O Crescimento da violência entre os jovens e adolescentes


Apesar da baixa qualidade de áudio e imagem,o vídeo a seguir mostra a profª Silvia da E.E. Profª Aparecida Rahal em uma palestra na Universidade Paulista falando sobre a importância dos profissionais da educação estarem preparados para lidar e também saber lidar com as adversidades. Para tanto a continuidade da formação é fundamental, quem escolhe ser educador tem que ter em mente que estamos em constante processo de aprendizagem, mesmo após a Graduação, esse é o fator que serve como divisor de águas entre a satisfação e a insatisfação com o trabalho a ser desenvolvido e assumido quem sabe até como uma "vocação" quer seja nata ou descoberta com o passar do tempo. O preparo ameniza o desgaste, as dificuldades e os obstáculos a serem transpostos. No fim das contas, o aumento da intolerância entre as pessoas tem consequências em todas as esferas sociais, inclusive entre os adolescentes. O que precisamos fazer e aprendermos a lidar com eles de forma centrada, tranquila, respeitosa e acima de tudo com muito amor. Sem esse fator não podemos ter prazer em realizar nada.

Para download da apresentação da palestra em Powerpoint clique aqui



                                                                  PARTE 1




PARTE 2





quarta-feira, 19 de outubro de 2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cinema


É de conhecimento geral que a industria cinematográfica se inspira em fatos ou acontecimentos reais no momento de produzir um longa metragem. Algumas vezes se inspiram em alguma obra, outras em histórias marcantes, contudo existem alguns temas recorrentes na industria cinematográfica. Um desses temas recorrentes é a violência entre jovens e adolescentes.
A seguir, apresentamos alguns filmes que abordam a violência entre os jovens.


BULLYING – Provocações sem limites

Sinopse: Este filme, produzido em 2009, conta a história de um garoto que, depois de se matricular em um colégio novo, não consegue ser deixado em paz pelos seus colegas. As agressões começam a ser tornar cada vez mais intensa
Ano: 2009
País: Espanha


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Aos Treze

Sinopse: Ao ser apresentada ao mundo das drogas, do sexo e da mutilação pela garota mais popular da escola, Tracy, que antes era a aluna mais brilhante da escola, se vê modificada por este mundo, o que faz com que ela entre em conflito com todo, inclusive sua mãe.
Ano: 2003
País: Estados Unidos

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Escritores da Liberdade


Sinopse: Quando a professora recem formada, Erin Gruwell, aceita trabalhar em uma escola, se vê assumindo uma sala de aula cheia de garotos tidos como problemáticos. Em um sistema de educação, em que cada conquista obtida e sacrificando até mesmo a sua vida pessoal ela consegue mostrar a seus alunos que existe mais a esperar do que a intolerância.
Ano: 2007
País: Estados Unidos
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Hooligans

Sinopse: Depois de ser expulso injustamente de Harvard,  Matt vai para a casa da sua irmã em Londres. Lá, ,o seu cunhado Peter apresenta-o ao submundo dos hooligans do futebol inglês. Matt aprende a marcar o seu território através da amizade que desenvolve neste mundo secreto e violento. Hooligans é uma história de lealdade, confiança e algumas vezes das brutais conseqüências de estar vivendo no limite.
Ano: 2005
País: Estados Unidos

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Sem Medo de Morrer


Sinopse: Depois de um atentado em sua escola em que a sua melhor amiga foi assassinada, Diana vive um vida normal. Porém, no décimo quinto aniversário da morte de sua amiga, Diana começa a questionar a sua sanidade e relembrar de sua vida como adolescente até o momento do atentado.
Ano: 2007
País: Estados Unidos

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Tiros em Columbine


Sinopse: O premiado diretor Michael Moore, revela neste filme, o fascínio dos americanos por arma de fogo, que desencadeiam em crimes horríveis, como o de 1999 em uma escola pública em Columbine, onde dois jovens entraram armados na biblioteca e mataram 12 colegas e 1 professor, se suicidando em seguida. Michael Moore na verdade traz à tona a grande polêmica sobre o porte de arma indiscriminado, perante uma nação que tira a vida de seu semelhante por motivos medíocres e irrelevantes. 
Ano: 2002
País: Estados Unidos



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Entrevista com o Zangief Kid Vitima de Bullying (Casey Heynes) - Legenda...

 O vídeo a seguir é uma edição especial do noticiário Australiano "A current affair". A entrevista contida no vídeo é referente a um garoto australiano, Casey Heynes de 15 anos, que sempre foi vítima de bullying e, após receber um soco no rosto, revidou o ataque de seu agressor.



Após algum tempo, foi realizada uma entrevista com o agressor, Richard Gale, que relata que se arrepende do que fez, aceita a responsabilidade de seus atos e assume, em rede nacional que também foi vítima de bullying. 


Infelizmente a entrevista na integra não possue legenda em português. Caso tenha interesse em ver a entrevista basta clicar no link: http://www.youtube.com/watch?v=BtCCS7LFaBA&feature=related


domingo, 25 de setembro de 2011

O jovem e a violência: alguns dados




Uma das camadas e faixas etárias da população brasileira mais atinjidas pela violência é a dos jovens com idade entre 15 e 24 anos, de acordo com indíces do Ministério da Justiça e Instituto Sangari. Esses indíces mostram que em 2008 os jovens representavam 18% da população, sendo 18,3 mil deles assassinados, o que representa 36,6% de 50,1 milhões homicídios ocorridos no Brasil naquele ano. Esses números mostram o perigo que a juventude brasileira está envolvida e também a necessidade de políticas públicas específicas para essa camada da população.

O sexo masculino assume a adianteira das vítimas por homicídio, cerca de 94%. Dentro desse quadro a cor da pele é fator definitiva para especificar ainda mais as vítmas, com os negros ultrapassando os brancos. Entre os anos de 2002 e 2008, as vítimas brancas reduziram 22% e a quantidade de mortes por homicídios das vítimas negras subiu 20%, sendo no último ano o dobro, ou seja, quem mais sofre com a violência são os jovens negros de baixa renda.

Verificando a evolução dos indíces entre os estados, Roraima e São Paulo tiveram uma redução de assassinatos de jovens 78% e 68%, respectivamente. No Maranhão e na Bahia esse quadro tem aumentado 406% e 329%, respectivamente, nos últimos dez anos.   

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Apresentação de Nosso Projeto: O aumento da violência entre os adolescentes

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e ara a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
Eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o  pasmo essencial
Que tem a criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Alberto Caeiro.
PLURALIDADE CULTURAL

            O aumento da violência entre os adolescentes

 Introdução

            Este projeto tem por objetivo mostrar como a violência entre os adolescentes tem aumentado nos últimos anos e em que reflete esse acontecimento na Sociedade atual e como nós, profissionais futuros, na área de Letras podemos  devemos voltar nosso olhar de forma a não só identificar os vetores que desencadearam esse aumento e até mesmo a banalização dessa violência, crescente entre os adolescentes. Como os diversos aspectos da vida deles podem ter colaborado. Aspectos como a sua vida em família, região em que mora, o acesso que possuem a Educação, Cultura, Lazer e Segurança.

Objetivos

            Tentar buscar formas de identificar a origem do problema.

            Atentar o olhar de forma despretensiosa e desarmada para conseguir enxergar mais a fundo questões que refletem direta ou indiretamente o que é viver em Sociedade para o jovem.
           
            Procurar responder as seguintes perguntas:

Como chegamos a esse ponto?

Por que os adolescentes estão cada vez mais violentos?

Como a Sociedade é responsável?

O que podemos e devemos fazer para mudar essa situação?

De quem é a culpa?


Por que o "Brasil" diz não a maioridade penal aos 16 anos?


A redução dessa maioridade resolveria o problema?


De que maneira o excesso ou a falta de algo na vida desses adolescentes porde transformá-lo em uma pessoa violenta?

Justificativa

            Nosso grupo buscou esse tema, pois caracteriza um dos enormes problemas que enfrentamos atualmente. Quer seja nas escolas (não havendo diferença se públicas ou particulares), em suas casas ou nos lugares os quais freqüentam.
            Como futuros profissionais em Educação temos a ideia inicial de que sem conhecer mais a fundo o que acontece com esses adolescentes, bem como podemos lidar com seu comportamento, alterado ou não.
            Entender fatos relacionados às mudanças sociais ocorridas nos últimos tempos em relação a esses jovens é fundamental.

Teórica

Pretendemos basear esse estudo em artigos de opinião (gênero textual) e em movimentos sociais e culturais. A fundamentação será realizada através de pesquisa cinetífica e análise teórica de estudiosos e pesquisadores que analisam o "protagonista principal" e objeto de nosso estudo: o Adolescente.


Metodologia


  • Passo 1: divisão e organização de tarefas para cada integrante do grupo.
  • Passo 2: fazer o levantamento de dados, através de observação.
  • Passo 3: Realizar as leituras necessárias para a fundamentação teórica.
  • Passo 4: Análise dos dados coletados.
  • Passo 5: desenvolver o trabalho.
  • Passo 6: Realizar as considerações finais.
  • Passo 7: Elaborar a conclusão.
  • Passo 8: Registrar o levantamento bibliográfico.
  • Passo 9: Criar um Blog e publicar o estudo nele

sábado, 17 de setembro de 2011

Introdução: O que causa a violência entre os adolescentes?




Ultimamente os adolescentes “dos dias de hoje” têm sido vítimas de uma onda de crítica muito “violenta” e mediática. Várias reportagens, crônicas e artigos referem generalizações algo abusivas referindo-se a estes como “pessoas sem valores… violentos… sem educação…”. Nesta sequência os comentadores procuram razões para isso, será um problema da sociedade? Da escola? Das famílias?… Dos políticos? Da globalização?

Não temos dúvidas que apenas uma pequena minoria dos adolescentes atuais reflete aquilo que foi visto nos casos recentes de violência com direito a passagem no “horário nobre” das televisões e comentados nas “primeiras páginas” dos jornais (um grande prêmio para estes jovens, na nossa sociedade em que é considerada uma vitória o protagonismo nos meios de comunicação social).

Felizmente a grande maioria dos adolescentes adapta-se às situações (por vezes até bem difíceis) do seu cotidiano, sem recorrer a métodos como a violência, o consumo de drogas ou outros tais…

Existe claro uma minoria de jovens que apresentam dificuldades nesta adaptação (tal como existe uma minoria dos adultos) e que por vezes recorrem à violência como forma de lidar com os problemas que têm. Existem também pessoas que terão o famigerado “déficit de valores e pouca educação” sem dúvida, tal como uma minoria dos adultos. E também há personalidades caracterizadas por violência e desrespeito pelas regras sociais, as chamadas perturbações de personalidade anti-social, que não são de todo exclusivas da adolescência!

O Homem (a espécie humana, em todas as idades e épocas) é instintivamente violento. Depedendo do seu desenvolvimento, do meio envolvente e das suas experiências, irá controlar mais ou menos bem esse instinto. A adolescência é um período de transformação marcada, em que estes impulsos poderão ser visíveis pois a “estação de controle cerebral” (cortéx pré-frontal) ainda está em maturação. Uma vez que este controle interno ainda não existe na totalidade é obviamente importante a ajuda dos adultos quer sejam a família, os professores, os políticos, etc… E ajudar é permiti-los crescer, permitindo que explorem alternativas de ação e resolução dos problemas, mas ao mesmo tempo impor limites!




Deixamos aqui uma parte do artigo do Prof. Daniel Sampaio que saiu na revista Pública de 29 de Maio 2011, com o título “Raivas adolescentes”, que apresenta uma reflexão sobre este tema:
A raiva é sempre destruidora se for deixada crescer sem a entendermos. Se a enterrarmos, poderá contribuir para uma depressão. Se a “tratarmos” com álcool ou drogas, procurando que essas substâncias a acalmem, passaremos a ter mais um problema. Se a exteriorizarmos sempre, poderemos transformar-nos em alguém conflituoso e insuportável.
É fundamental conhecer a raiva destes adolescentes agressivos. Muitas vezes viveram com pessoas sem controle emocional, que veicularam sempre a ideia de que a violência tudo pode resolver. Noutros casos, viveram em famílias “perfeitas”, onde ninguém podia gritar e qualquer manifestação agressiva era associada à loucura: na adolescência, na luta pela autonomia, a raiva finalmente libertada encontra nos mais próximos o alvo preferido. Por vezes, são vinganças face a pais maltratantes na infância (abusadores, por exemplo), que explodem quando o medo físico dos familiares é agora ultrapassado por um corpo juvenil cheio de energia.
Compreender não significa mudar. Feita a história da relação, é crucial intervir. Conhecer a raiva. Compreender que não se fica agressivo para sempre. Perceber que não se pode ficar parado, num ritual de progressiva auto-humilhação. Concluir que intimidar os outros nos pode deixar mais sós.



Uma breve apresentação do que irá encontrar nesse gênero discursivo.Bom passeio!